Há quatro anos o empresário Paulo Ferreira* tinha um café que se desenvolvia rapidamente. Tão rapidamente que pessoas apareciam no estabelecimento perguntando se, com sua clientela fiel e um conceito inovador, ele estaria interessado em franquear sua marca. A proposta parecia interessante, o problema é que lhe faltava dinheiro para montar uma estrutura e se tornar franqueador. O mesmo problema foi enfrentado pela empresária Giovana Magalhães* que, no ano passado, decidiu expandir o número de lojas de sua marca de roupas. A solução para ambos foi procurar por um empréstimo. Eles pesquisaram as condições em bancos, mas acabaram optando por um modelo de empréstimo que cresce impulsionado por startups, ano após ano, no Brasil: o crédito com um bem de garantia.
O modelo de empréstimo também é conhecido como refinanciamento ou home equity. Mas seja qual for o nome utilizado, os benefícios que se obtém com esse tipo de título são os mesmos: empréstimos de valores mais altos, com juros mais baixos e prazos maiores para pagar. Tudo isso justamente por conta do bem (carro ou casa, entre outros) colocado no contrato do empréstimo, que garante mais conforto para a instituição financeira oferecer valores maiores e taxas menores.
No Brasil, esse empréstimo tem se desenvolvido principalmente por conta das fintechs, que viram nesse tipo de empréstimo uma oportunidade de apresentar melhores condições do que os grandes bancos, que ainda dominam grande parte do mercado brasileiro. A CashMe, uma das principais plataformas online de crédito com imóvel em garantia do Brasil, traz em seu modelo, taxas e valores personalizados para cada perfil de cliente. "Os juros começam em 1,17% ao mês, acrescido da inflação oficial do país, medida pelo IPCA. O valor liberado para empréstimos com imóvel em garantia é a partir de R$ 100 mil e o prazo para pagar pode chegar a 120 meses." afirma Juliano Bello, co-founder da CashMe.