O exercício é realmente fazer "sobrar dinheiro" e autoanalisar sua capacidade de se manter em contenção por anos a fio. Essa etapa é crucial para enfrentar o período que pode ir de cinco a dez anos, relativos às parcelas iniciais dos financiamentos em regime de prestações regressivas - ou Sistema de Amortização Constante (SAC).
Antes de fazer um financiamento, verifique todas as opções possíveis, que incluem o programa habitacional do Governo Federal, Minha Casa Minha Vida. Estude as propostas da Caixa Econômica Federal, bem como a da própria construtora ou bancos privados - sobretudo se você for correntista de algum deles.
Ao fechar o negócio, não esqueça de levar em conta as despesas envolvidas no processo de compra, como impostos e registros cartoriais - em geral, reserve cerca de 5% do valor do bem.
As taxas de ITBI variam entre 2 e 3% do valor total do imóvel, enquanto o registro oscila em torno de 1,5% da quantia registrada. Também existem taxas bancárias que precisam ser negociadas. Nem todo imóvel pode ser adquirido com recursos do FGTS, então é necessário fazer esse levantamento antes de dar entrada na transferência.
Em qualquer caso, independentemente da circunstância de aquisição, mesmo com parentes ou amigos próximos, faça uma due diligence (diligência prévia) do imóvel. Ou seja, investigue a situação do imóvel e financeira do dono, bem como do proprietário anterior.
Esse processo é fundamental para identificar eventuais disputas processuais, de natureza fiscal, trabalhista ou financeira – para saber se o bem foi dado como garantia em algum empréstimo, se foi penhorado ou bloqueado pela Justiça, por exemplo. Não confie apenas na palavra do vendedor, ainda que seja conhecido. Pode ser que nem ele saiba o que está por trás da fachada.